Ilha do Bom Jesus da Coluna

Atlas do Chão

RJ, Brasil

22°51'34" oeste e 43°12'44" sul.

Igreja e convento que recebeu africanos escravizados, que tivessem contraído alguma moléstia durante a travessia do Atlântico.

Publicado em
28/10/2021

Atualizado em
10/12/2021

“No início do século XVIII, a ilha foi doada aos franciscanos, que ali ergueram a Igreja do Bom Jesus da Coluna, nome pelo qual passou a ser conhecida, além de um hospício e um convento. Entre o final do século XVIII e primeiras décadas do século XIX, o local recebeu milhares de escravos africanos, que tivessem contraído alguma moléstia durante a travessia do Atlântico. Os que se recuperavam eram enviados às lojas do Valongo. Os que não resistiam, eram sepultados no cemitério dos Pretos Novos. Durante o século XIX, as construções funcionaram como convento, hospital de isolamento de epidemias e asilo dos inválidos da pátria após a Guerra do Paraguai. Hoje, a área abriga o Santuário Militar de Bom Jesus da Coluna. A ilha é uma das seis que foram aterradas no início do século XX para criação da Ilha do Fundão. A Igreja é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).”

 

Extraído de

MATTOS, Hebe et alInventário dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos Escravizados no Brasil. Niterói: Uff, 2013.

 

Referência Bibliográfica

HONORATO, Claudio de Paula. Valongo: o mercado de escravos do Rio de Janeiro, 1758 a 1831. Dissertação de mestrado. Universidade Federal Fluminense (UFF). Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História. Rio de Janeiro, 2008.